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Mãos, simplesmente… mãos.
Mãos captadas no primeiro olhar.
Mãos efémeras, pequenas, quase transparentes,
Mãos que agarraram o peito, sugaram o leite materno
Mãos que se apoiaram nos primeiros passos,
Mãos que se levantaram e pediram colo,
Mãos que jogaram a primeira bola
Mãos que escreveram as primeiras letras,
Mãos que desenharam o primeiro sol
Mãos que seguraram mãos e dançaram,

Deram as mãos e atravessaram, 
se apoiaram, subiram montanhas

Mãos que reagiram ao primeiro golpe, e jogaram a primeira pedra
Mãos que se tocaram, se despiram, se conheceram e se amaram,
Mãos calorosas que abraçaram,
Mãos talentosas que escreveram obras
Esculpiram e pintaram, 

Mãos laboriosas que trabalharam a terra, plantaram
Mãos que moveram montanhas, construiram monumentos
Mãos cirúrgicas que salvaram
Mãos que assinaram Sentenças e determinaram destinos
Mãos que rezaram e suplicaram,
Mãos caridosas que deram
Mãos gatunas que roubaram
Mãos que se juntaram e rezaram
Mãos de aneis de ouro e brilhantes.
 
Num ato de carinho ele apoia sua mão sobre a dela,
Mãos nuas, ternas, calorosas. 
Dedos de unhas rudes se entrelaçam
Ela observa as mãos,
Mãos marcadas pelo tempo, enrugadas manchadas.
Mãos usadas e vividas.
Benditas mãos!

Solicita más cuentos de Lucía, en portugués:  luciawasserman@hotmail.com 

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